Dividido em três módulos de aprendizado, o curso sobre perigos, riscos e medidas de controle destaca, por meio de experiências, exemplos práticos e exercícios, os principais pontos dos temas, voltados para Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Com mais de 15 anos de experiência nas áreas de EHS, Karen Volpato, fundadora e CEO do Instituto Agente Educa, aposta em uma metodologia participativa, com foco na vivência em grandes empresas.
Perigos e riscos – essas palavras te assustam?
As duas palavras são, literalmente, ameaçadoras para toda empresa. Elas estão presentes em discussões, em todas as reuniões e, quase que, em todos os programas de treinamento. Mas, esse “medo” das palavras perigos e riscos deve ser avaliado como uma ameaça, afinal, isso prova que ainda existe dúvida sobre o entendimento, de fato, sobre essas duas palavras perigos e riscos. E, consequentemente, gera ao questionamento: “como que as pessoas da base operacional entendem sobre isso e como que ela se relaciona quando esse perigo e esse risco está presente naquele desempenhando aquela função?”
Por que ainda existe dúvida sobre perigos e riscos?
A primeira dúvida ela acontece, principalmente, porque a teoria traz isso de forma muito técnica. E esse entendimento técnico não é para todos os níveis de posições. As pessoas precisam entender o conceito quando estão executando a atividade. Então, dentro do modelo de cultura de segurança, a teoria precisa ter uma aproximação sobre aquela atividade que aquela pessoa de base está fazendo e o perigo e risco ele vem alinhado dentro da cultura de segurança.
Os temas são tratados apenas dentro de empresas, e isso prejudica ainda mais o entendimento, porque dentro das empresas reconhecemos que é apenas um período em que passamos desempenhando ações. Em nossas funções fora da empresa, perigos e riscos também estão presentes, só que no modelo operacional, de fato, aquele que a gente precisa fazer com que o entendimento aconteça, além de um gate, além de uma portaria, além de um rótulo de empresa, isso aí precisa ser praticado de outra forma.
Essa teoria precisa, de fato, ser entendida e reconhecida por aquele indivíduo que vai estar diante dessas duas palavras: perigos e riscos.
A segurança está para além da ‘segurança do trabalho’
Há uma forma muito simples de começar esse conceito. A primeira delas, e mais importante, é a gente tirar uma palavra principal, que ela é muito utilizada. Quando a gente fala de segurança, segurança no trabalho, exatamente isso a gente precisa tirar. Primeiramente, a segurança associada ao trabalho, tira o trabalho da segurança, guarda para você e essa palavra segurança. Ela está presente em tudo o que a gente faz, em todas as decisões que a gente toma. E quando a gente leva o conceito de perigos e riscos somente para o trabalho e insere ele dentro de uma cultura de segurança, isso torna um problema para quem está ali convivendo com esses perigos e riscos.
A relação de perigo, risco e medidas de controle
Perigo é o potencial de causar dano. Risco é a relação que se cria com esse potencial de causar dano – ou seja, é a probabilidade de acontecer alguma coisa com esse perigo.
Já as medidas de controle, geralmente utilizada dentro de uma hierarquia de uma ação que vai eliminar aquele perigo.
Então a gente tem as medidas de controle que guarda, que vai controlar aquele perigo que eu identifiquei e vai proteger aquela relação que é o risco que eu estou criando dentro de um ambiente onde o desempenho de uma função. Mas quando a gente traz isso para a prática, algo ou algo potencial de causar dano ou relação de probabilidade de acontecer um evento. Isso parece simples, mas não é. Porque quando estamos inseridos, naqueles processos de treinamento, abordando o conteúdo para os colaboradores, para aquelas pessoas que desde sempre estão fazendo muitas vezes a mesma atividade, há muito tempo desempenhando a função, parece simples, mas não é.